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Gal Gadot promove evento de lembrança ao Holocausto em sua casa

Na noite de 18 de abril, na véspera das comemorações israelenses do Yom Hashoah (Dia Nacional de Lembrança do Holocausto), Gal Gadot que é neta de um sobrevivente do holocausto, fez questão de relembrar sua história na sala de sua casa. A atriz recebeu a sobrevivente do holocausto Celina Biniaz, a mulher mais nova a ser salva por Oskar Schindler, como parte da iniciativa israelense chamada Zikaron Basalon (traduzido literalmente para “lembranças na sala de estar”).

Celina Biniaz, nascida na Polônia em 1931, compartilhou a sua história com a família e amigos de Gal Gadot, incluindo Sacha Baron Cohen, Isla Fisher, Harvey Keitel e Patty Jenkins. Gadot disse que as palavras de Biniaz emocionara todos os presentes.

Biniaz falou sobre como conseguiu fazer com que o médico nazista conhecido como Dr. Mengele poupasse sua vida e como Oskar Schindler a salvou. Após seu relato, o compositor e musico israelense Tomer Adaddi se apresentou. Seu repertório contou com a música de Leonard Cohen, Hallelujah.

Em uma publicação do Instagram, Gal Gadot disse que receber Biniaz foi um honra e um privilégio e que este momento ficará com ela para sempre. “Não sei sobre Deus, mas acredito nas pessoas, no poder da decisão de fazer o bem. Hoje, tivemos a honra e o privilégio de receber Celina Biniaz, uma sobrevivente do Holocausto que veio compartilhar sua poderosa e extraordinária história com nossa família e amigos. Ouvir seu testemunho sobre os horrores pelos quais ela e sua família passaram e ver a mulher forte e inspiradora que ela se tornou não deixou nenhum olho seco na sala. No final de seu depoimento, Celina olhou para mim e disse: ‘A vida é exatamente como você disse no filme da Mulher Maravilha: só o amor pode salvar o mundo’, e esse momento ficará comigo para sempre.”

A atriz também lembrou a importância de contar e lembrar de histórias como a de Celina e de seu avô. “Há cada vez menos sobreviventes a cada Dia de Lembrança e até o ano de 2035 não haverá mais sobreviventes para contar suas histórias. É nossa responsabilidade continuar compartilhando essas histórias, para nós e para o mundo ouvir, saber, aprender. Para nunca esquecer.”

Ano passado, a atriz revelou que seu avô, nascido Adolf Weiss na antiga Tchecoslováquia, perdeu a maioria de sua família em Auschwitz. Aos 13 anos, ele conseguiu sobreviver os horrores do campo de concentração, “As coisas que ele viu, os horrores pelos quais passou são inimagináveis“, escreveu ela. Gadot ainda disse que ele não contou a ninguém de sua família tudo o que havia passado até a morte de sua avó, “Ele percebeu como a vida é curta e como é importante contar a história para que ela nunca se repita.”

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Zikaron Basalon

A iniciativa, que começou em Israel em 2011 por um jovem grupo israelense, busca novas maneiras de conectar as pessoas com a história do holocausto, durante o Yom Hashoah. Ela dá voz aos sobreviventes por todo o mundo e trabalha em conjunto com a Fundação Shoah da Universidade do Sul da California, que colocou Gadot e Biniaz em contato. A Fundação foi criada por Steven Spielberg após a conclusão de A Lista de Schindler, para coletar e preservar depoimentos em vídeo de sobreviventes e testemunhas do Holocausto.

Celina Biniaz

Celina, que nasceu na Cracovia, Polônia, tinha apenas 11 anos quando ela e sua família foram levadas para Auschwitz. Eles entraram na lista de Schindler graças ao empresário antinazista Julius Madritsch, que havia contratado a família anteriormente para trabalhar em sua fábrica. Ele conseguiu retirar a família do campo de extermínio para trabalhar em sua fábrica em Brunnlitz, a 225 kms a nordeste de Praga. Quando os soviéticos derrotaram os nazistas, Celina e sua família tentaram voltar para casa, mas um massacre na Polônia os fez perceber que precisavam sair da Europa e finalmente encontraram o caminho para os Estados Unidos.

Ela é a mulher mais jovem salva por Oskar Schindler e é conhecida por dizer que “Oskar Schindler salvou a minha vida, mas Steven Spielberg me deu uma voz.” com seu filme A Lista de Schindler. Foi somente depois do lançamento do filme, em 1994, que ela começou a contar a sua história. “Por 40 anos, nunca fui capaz de falar sobre isso, pois eu acharia que ninguém entenderia.”

A sua história foi recentemente transformada em um livro escrito por William Friedricks e lançado em 2022: “Saved by Schindler: The Life of Celina Karp Biniaz.”

Com informações de Times of Israel, The JC e Kveller.