Flaunt: Gal Gadot fala sobre sua carreira e ‘Agente Stone’ em entrevista exclusiva
- 16 de agosto de 2023
Em uma longa entrevista à revista estadunidense Flaunt, Gal Gadot refletiu sobre a trajetória de sua carreira como atriz, falou sobre as cenas de ação de Agente Stone e a parceria pessoal e profissional com o marido. Além disso, a atriz falou sobre suas filhas e a maternidade, e falou da importância de narrar um guia no Memorial e Museu Auschwitz-Birkenau, na Polônia.
Alimentando As Chamas da Perturbação
Gal Gadot acabou de terminar uma sessão de treinamento na academia quando entra em nossa video chamada, ofegando ao se ver na tela. “Parece que saí de uma tempestade!” ela ri, desculpando-se por ter chegado correndo do treino. Na verdade, Gadot parece tão deslumbrante como sempre. Ela é sociável e divertida para conversar desde o início, rindo e brincando, com uma alegria que é imediatamente contagiante. “Eu tento não me levar muito a sério“, ela sorri enquanto toma um gole de uma bebida gelada. “Sou uma artista e gosto de me divertir e rir. Acho que quando começamos a nos levar muito a sério, é quando toda a diversão sai pela janela.”
O treinamento diário que Gadot faz certamente foi útil para seu último filme, a nova brincadeira de ação da Netflix, Agente Stone. Nele, ela interpreta Rachel Stone, uma agente secreta de uma misteriosa organização de soldados de paz de elite chamada ‘A Carta.’ Gadot é vista deslizando por uma montanha íngreme e nevada, mergulhando de um penhasco alto e saltando de paraquedas no deserto. É uma sequência de tirar o fôlego, mas tudo em um dia de trabalho para Gadot. “Todo filme que faço neste gênero, sempre digo a mim mesma no final dele: ‘Não dá para ficar mais físico do que isso’, e então vem o próximo filme para provar que estou errada“, sorri Gadot, relembrando algumas das muitas acrobacias que ela participou no set. “Realmente aumentou desta vez“, acrescenta ela, levantando as mãos enquanto descreve a ação que continuou “aumentando e aumentando e aumentando” durante a produção. “De lutar no ar até mergulhar no mar e na [perseguição da] montanha, tem sido totalmente físico.”
Falando sobre a impressionante variedade de acrobacias no filme, Gadot diz que ela mesma faz “muito“, mas admite que algumas simplesmente não são possíveis. “Quando as pessoas dizem: ‘Eu mesma faço todas as minhas acrobacias’, eu fico tipo ‘Sério?!’“, ela sorri desconfiada, dizendo que a única exceção “é Tom Cruise, que realmente, as faz de verdade“, ela ri. Ela diz que é importante aplaudir suas equipes de dublês, numa indústria em que muitas vezes eles não recebem o reconhecimento que merecem. “Eu sempre tento celebrar minhas dublês, mulheres e homens“, ela continua. “A quantidade de trabalho e o risco que eles assumem, a dedicação, tudo o que eles dão [de si] é simplesmente incrível. Eles se tornaram como uma segunda família para mim. Eles devem ser celebrados porque realmente nos fazem parecer a melhor versão de nós mesmos.”
Alguns membros da equipe de dublês com quem Gadot trabalhou são da época tanto de seu papel revelação como Gisele Yashar na franquia Velozes e Furiosos quanto como Mulher-Maravilha, nos filmes de sucesso de bilheteria da DC dirigidos por Patty Jenkins. Entre esses papéis cheios de ação, Gadot apareceu na comédia de ação Alerta Vermelho e no elegante filme policial de Agatha Christie, Morte no Nilo, ao mesmo tempo em que montou uma produtora, Pilot Wave, com seu marido, Jaron.
Quando adolescente, Gadot estudou dança (algo que ela diz ter se mostrado inestimável para ajudá-la a dominar coreografias complexas de acrobacias) e passou um tempo trabalhando como treinadora nas forças israelenses durante seu serviço nacional obrigatório. Ela estudava direito na universidade e trabalhava como modelo (ela foi coroada Miss Israel em 2004), quando surgiu a oferta de Velozes e Furiosos. Ela acabou deixando a universidade para voar para Hollywood e o resto, como dizem, é história.
Gadot recentemente fez um retorno chocante a Velozes e Furiosos em Velozes e Furiosos 10, apesar de sua personagem ter sido aparentemente morta em um filme anterior. “Alguns amigos foram ver o filme e me enviaram suas reações do cinema“, diz Gadot, imitando suas expressões chocadas. O que ela pode nos dizer sobre seu retorno? “Não muito“, ela sorri timidamente, dizendo que jurou segredo, mas nos conta mais sobre sua decisão de retornar. “Tipo, eles foram os primeiros a me dar uma oportunidade em Hollywood“, ela reflete com alegria palpável, dizendo que a série de longas continua em seu coração. “Ainda me emociono com o carinho dos fãs. Por anos, tantos fãs diferentes me pediram ‘Volte, volte!’ E eles até fizeram uma campanha para eu voltar. Foi alucinante para mim, e essas são coisas que eu levo a sério. Então, eu pensei, ‘Tá, talvez agora seja a hora, talvez agora seja a hora certa de voltar.’ É realmente emocionante e me parece certo.”
Gadot acha que a franquia desempenhou um papel significativo no que se seguiu em sua carreira, por ser uma série [de filmes] em que as mulheres eram frequentemente iguais aos homens nas sequências de ação e em termos de diversidade global do elenco. Quando começou, ela diz que ambos ainda eram escassos em Hollywood. “Fast era uma franquia muito forte e dominante que permitia que as mulheres fossem celebradas também [como os homens] e não apenas sentassem no banco de trás, literalmente no banco do passageiro. Eles deixavam elas dirigirem“, lembra ela. “Sinto que eles foram os primeiros que realmente optaram por um elenco global. Ele trouxe talentos de vários lugares do mundo. Também tentamos fazer isso com Agente Stone, não queríamos fazer deste um filme apenas americano. Queríamos que ele parecesse global, internacional, que o máximo número de pessoas ao redor do mundo pudessem se ver na tela. Voltando a Fast, sinto que isso é algo em que eles foram pioneiros.”
Agente Stone, que Gadot também produziu, mostra mulheres liderando a ação. Além da personagem central de Gadot, ele conta com um elenco impressionante que inclui Sophie Okonedo, Alia Bhatt e Jing Lusi, todas centrais para a ação e com papéis e responsabilidades de destaque. Gadot diz que era importante que as personagens não fossem apenas cópias exatas de heróis masculinos de ação. “Há tantos roteiros que me oferecem pessoalmente e que dizem: ‘Vamos apenas trocar o homem por uma mulher’… Com esse, foi um verdadeiro ‘não’ a isso“, explica ela. “Queríamos construir uma personagem realmente forte que é uma mulher, contando essa história da perspectiva dela, uma perspectiva feminina. Tantas coisas foram informadas pelo fato de ela ser uma mulher.”
Gadot diz que foi ver o sucesso de Mulher-Maravilha que deu a ela e ao marido confiança para desenvolver um filme de ação com protagonista feminina. “Adoro filmes, adoro contar histórias e adoro esse gênero“, começa Gadot. “Cresci assistindo Bond, Missão: Impossível, Bourne, Duro de Matar, todos eram escapismo perfeito… Sempre quis atuar em um, mas é algo que você não ousa sonhar… Só que depois do sucesso de Mulher-Maravilha nas bilheterias, meu marido e eu percebemos que as pessoas assistirão a esses filmes [com uma protagonista feminina]. Isso nos deu um grande impulso de confiança para tentar.”
Falando de Mulher-Maravilha, tem havido muita especulação sobre se um terceiro filme da série está a caminho, com muitos temendo que não esteja. No entanto, Gadot diz que conversou recentemente com o cineasta James Gunn, que agora mudou da Marvel para a DC, e teve a certeza de que haverá outra edição da franquia e que ela fará parte dele. “Fui convidada para uma reunião com James Gunn e Peter Safran [co-presidente e CEO da DC ao lado de Gunn] e o que eles me disseram, e estou citando: ‘Você está em boas mãos. Vamos desenvolver Mulher-Maravilha 3 com você. [Nós] te amamos como Mulher-Maravilha, você não tem nada com que se preocupar.’ Então o tempo dirá“, Gadot sorri, confiante sobre seu futuro na DC.
Gadot acha que filmes como Mulher-Maravilha iniciaram uma mudança na indústria, mostrando aos estúdios de grande orçamento que, além de ter protagonistas femininas, as diretoras e produtoras também deveriam ter mais oportunidades de fazer filmes. Os filmes foram dirigidos por Patty Jenkins, alguém com quem ela se reuniu recentemente enquanto trabalhavam juntas em um novo filme sobre Cleópatra (Jenkins produzirá, Kari Skogland dirigirá). “Existem tantas diretoras incríveis por aí“, diz Gadot. “Patty Jenkins, Kari Skogland, Greta Gerwig, Alma Har’el. Eu sinto que sempre foi sobre dinheiro, poder [em Hollywood]. Acho que agora as pessoas estão começando a entender que podem confiar em… cineastas com seu dinheiro. Eles sabem o que estão fazendo e é ótimo ver que há mais e mais oportunidades para elas agora.”
Gadot diz que ainda é uma imagem confusa, quando se trata dos roteiros que recebe, apesar de Hollywood ter um acerto de contas com a igualdade na era pós #MeToo. Ela notou alguma diferença significativa? “Às vezes sim, e às vezes realmente não“, ela dá de ombros. “Existem tantos roteiros que são tão semelhantes. Ainda não está equilibrado, mas acho que está caminhando lentamente para um lugar que seria melhor para as mulheres, para as atrizes.”
Ela está determinada a trabalhar em projetos em que as personagens femininas são bem escritas, desenvolvidas e não definidas apenas pela relação com os homens, como seu trabalho em Cleópatra. Ao contrário da versão icônica de 1963, estrelada por Elizabeth Taylor e Richard Burton, que foi escrita e dirigida por um pequeno grupo de homens, esta versão será liderada por uma equipe de mulheres. Gadot diz que elas pretendem mostrar um lado diferente da personagem que se concentra em suas habilidades como líder. “Cleópatra já foi feito algumas vezes de maneira brilhante, mas sei que nossa geração e os jovens sabem muito pouco sobre a Cleópatra. Eles sabem que ela era uma pessoa sedutora que teve um caso com Marco Antônio e Júlio César, mas na verdade quando você lê sobre Cleópatra, sua vida e legado, e o império que ela governou, ela foi brilhante. Há tantas coisas que nunca ouvimos sobre ela e eu só quero celebrar isso.”
Gadot diz que eles estão demorando com o filme. “É uma grande tarefa. Não quero fazê-lo as pressas, é algo que precisa de… muito pensamento e cuidado porque é a Cleópatra. Temos roteiristas incríveis trabalhando no roteiro, antes e depois da greve dos roteiristas, como Laeta Kalogridis. É um belo roteiro. Não estamos nos apressando porque você tem que ser responsável quando lida com uma mulher tão incrível, icônica e lendária.”
Gadot trabalha frequentemente com escritores como parte de sua função na produtora e tem muitos amigos escritores em LA. Ela é solidária, pois muitos deles estão em greve nos Estados Unidos, depois que os membros do sindicato não conseguiram fechar um acordo sobre os salários neste verão. “Alguns de nossos maiores amigos são escritores e, particularmente, entendo o que eles estão passando de dentro“, diz Gadot. “Conheço suas histórias subjetivas e pessoais e as apoio“, continua ela, dizendo que, apesar do início do streaming e de uma infinidade de novos conteúdos, pouco mudou para os escritores, apesar da demanda continuar crescendo. “É hora [de mudar]“, acrescenta ela. “Só espero que eles façam um acordo que funcione para todos e seja justo. E quanto antes melhor.”
Quando Gadot não está trabalhando com escritores, atuando ou produzindo, ela é mãe de três meninas. “Ter três filhas é uma bagunça e caótico da melhor forma possível“, ela sorri, se animando ao falar das filhas. Ela diz que ter “ter culpa” é um “padrão” quando se é uma mãe trabalhadora. “Se você está no trabalho, você quer estar em casa. Então, quando você está em casa com as crianças, você se preocupa por não estar trabalhando o suficiente“, ela suspira. “Pode ser um ciclo vicioso, mas é preciso silenciar esses sentimentos.”
“O que me ajuda é [aceitar] que não posso ser perfeccionista. Falei para mim mesma que só posso fazer o meu melhor e que estou sendo a melhor mãe que posso. Por outro lado, desde que eu esteja me realizando e continuando a fazer o que amo e não simplesmente desistindo disso, isso também serve para elas porque elas veem uma mãe mais feliz, que se interessa pela vida dela, e então você está servindo de modelo para elas também.”
Como suas filhas se sentem, sabendo que ela é uma das maiores estrelas de cinema do planeta? “É sempre estranho porque, para mim, elas são as estrelas“, ela ri. “Eu sou apenas a mãe delas. Elas estão começando a reconhecer isso“, ela diz sobre seu trabalho diário, mas acrescenta que, como todas as crianças, elas estão na idade em que ainda não ouvem os pais. “Você tem que falar tudo vinte vezes!” ela sorri. Gadot diz que a indústria está se saindo melhor, quando se trata de apoiar as mães que trabalham, algo que tem sido um problema histórico. Ela levou suas filhas aos sets de Mulher-Maravilha e Agente Stone, onde elas passaram um tempo lá com o elenco e a equipe.
Ela se lembra de seus próprios pais ficarem nervosos por ela deixar a faculdade para seguir atuando. “Eles diziam: ‘O que você está fazendo?! Termine seus estudos! Consiga seu diploma!’” Gadot ri. “Fui criada em um lar muito normal, simples e feliz. Primeiro você estuda, depois tem sua carreira, você não se torna modelo ou atriz.” Ela diz que seus pais pensaram que era “temporário” até que a oferta de Velozes e Furiosos veio – logo depois, ela estava em um avião para os Estados Unidos. “Na época, eu pensava ‘talvez eles estivessem certos, talvez eu devesse voltar’“, Gadot admite agora. “Porque eu nunca quis ser atriz. [Antes disso], eu era dançarina, essa era a minha paixão. Eu amava as artes cênicas, mas nunca soube que ser atriz era uma opção para mim.”
Foi seu marido, Jaron – eles se conheceram muito antes de ela ser famosa – quem a encorajou a seguir seu coração sobre atuação. “Foi ele que me deu coragem para fazer isso, para viajar comigo“, ela sorri, reconhecendo o vínculo que ela e o marido têm. “Ele é o sonhador, ele é a pipa que alcançará o céu, enquanto eu sou a raiz, a árvore à qual a pipa está conectada“, ela ri, representando sua analogia de árvore-âncora. “Eu nunca estaria onde estou sem ele“, ela continua. “Quando o sucesso chegou, meus pais – bem, eles nunca imaginaram [que poderia ser assim]. Então agora eles são meus fãs número um e me apoiam muito, mas eles demoraram um pouco.”
Gadot “sente muita falta de casa“, mas mantém contato constante com a família por video chamada. Em janeiro, Gadot diz que sua família compartilhou um momento emocionante depois que ela participou de um projeto de narração que tinha ligações estreitas com a história deles. Gadot foi convidada pelo diretor Steven Spielberg e sua Fundação Righteous Persons para narrar um vídeo que os visitantes do Memorial e Museu Auschwitz-Birkenau na Polônia ouviriam em sua chegada. O avô judeu de Gadot, Abraham Weiss, foi encarcerado no campo de concentração quando adolescente ao lado de sua mãe e irmão, os quais morreram lá. Seu pai, bisavô de Gadot, foi morto na guerra, enquanto o avô dela sobreviveu.
Gadot diz que foi algo extremamente emotivo de se trabalhar pensando em seu avô (ele morreu em 2013) e o que isso significaria para ele. “Meu avô não disse nada sobre Auschwitz por muito tempo“, lembra ela. “Até minha avó falecer, daí foi como um rio, ele não parava. Acho que ele percebeu que a vida tem um prazo e ele precisava falar sobre isso e as lembranças horríveis.” Seu avô acabou voltando para Auschwitz, onde falou sobre suas experiências do Holocausto aos visitantes de lá.
Gadot se lembra de ter visitado Auschwitz na adolescência como parte de uma visita escolar. “Quando eles me disseram que eu seria a voz nos fones de ouvido que você coloca enquanto anda por lá, imediatamente fiquei arrepiada“, ela continua, tornando-se compreensivelmente emocionada. “Eu estava pensando em meu avô, há quase 80 anos, sendo um adolescente neste campo de extermínio. Eu queria que alguém pudesse ter sussurrado no ouvido dele na época que sua neta estaria lá 80 anos depois, contando o que aconteceu. Isso me deixou tão emocionada, esse momento de fechamento de círculo. Falei com minha mãe e ela começou a chorar.”
“Acho que todas as guerras deveriam parar e as pessoas deveriam ir à mesa e conversar“, ela diz, refletindo sobre a história de antes e de agora. Ela diz que estar “cada vez mais longe de quando a Segunda Guerra Mundial aconteceu” significa que as pessoas não “se lembram“, “reconhecem” ou “esquecem” o que aconteceu, e é por isso que projetos como o vídeo ainda são importantes. “Acredito na humanidade e desejo que não haja nada além de paz no mundo, porque acho que, no fundo, todos os pais desejam a mesma coisa para seus filhos. Eles querem que eles estejam seguros, sejam felizes e tenham prosperidade. Ninguém quer mandar seus filhos para o exército.”
Ela se volta novamente para seus próprios filhos e como ela abordará o assunto de sua história familiar com elas um dia. “Como você começa?” ela se pergunta, mas diz que por meio da escola e de alguns vídeos educacionais “com faixa etária adequada“, ela já está começando a ter essas conversas.
Voltando a suas filhas e carreira, Gadot diz que pensa cuidadosamente sobre seus papéis ao “ter a próxima geração morando em minha casa“, acrescentando que deseja assumir mais papéis em que as mulheres estejam em evidência. Depois de Mulher-Maravilha, ela se tornou uma modelo para muitas meninas que a assistiu ao redor do mundo. Como ela lida com a responsabilidade que isso traz, além de pensar nas filhas? “Quando faço um filme… estou apenas focando na história, na personagem. Sou apenas um recipiente para a história da Mulher-Maravilha e tenho muita sorte de interpretá-la… porque acho que todos nós precisamos dessas inspirações“, explica ela. “Por mais que as pessoas falem sobre igualdade e essas coisas, ainda há um longo caminho a percorrer sobre o quanto as meninas se veem na telona, além dos meninos vendo meninas na telona também, e sendo inspiradas por isso. Acho que isso é importante para todos.”
Um desses papéis que ela infelizmente foi forçada a recusar por causa de compromissos de outras filmagens foi uma aparição no novo filme da Barbie . Margot Robbie, que estrela e produz o filme dirigido por Greta Gerwig, disse que Gadot foi uma de suas primeiras escolhas para interpretar a Barbie em uma entrevista recente, dizendo que ela irradiava “energia da Barbie” e era um modelo para suas Barbies. “Eu adoro Margot“, sorri Gadot, dias antes de comparecer à estreia do filme em Los Angeles. “Margot é uma daquelas mulheres de quem você simplesmente quer ser amiga“, ela continua, dizendo que a viu “na outra semana“, quando falaram sobre os comentários de Robbie. “Ela é tão engraçada, calorosa, divertida e inteligente e obviamente tão talentosa. Ela soma tanto. Eu adoraria fazer qualquer coisa com Margot e fiquei muito emocionada [com os comentários dela]. Ela aqueceu meu coração com tudo o que ela disse sobre mim. Estou super empolgada por elas e muito empolgada por Barbie.”
Enquanto isso, a agenda de Gadot não mostra sinais de desaceleração. Ela acabou de terminar de interpretar a vilã original da Disney, a Rainha Má, em uma nova adaptação musical de Branca de Neve, um papel que ela diz ter sido “encantador e delicioso” de interpretar. “Ela está tão longe de mim e foi muito divertido de interpretar“, admitindo que gostou de interpretar uma vilã pela primeira vez. “Estou tão acostumada a interpretar a mocinha, mas há algo tão libertador [em um papel] em que você pode quebrar todas as regras.”
Ela também está trabalhando em uma nova versão atual de Ladrão de Casaca (To Catch A Thief – 1955), de Alfred Hitchcock, novamente com sua produtora. “Sou uma grande fã de Hitchcock“, ela se entusiasma, antes de falar sobre seu amor pelo “intrincado trabalho de câmera” dele. “Vai ser outro filme emocionante, divertido“, diz ela, admitindo que, por enquanto, também jurou segredo sobre esse projeto.
Conforme a ligação chega ao fim, Gadot diz que tem alguns dias ocupados pela frente. Além de se preparar para a estreia de Barbie, ela planejou uma viagem a Londres para falar sobre Agente Stone. Depois de passar anos desenvolvendo o filme com o marido, ela diz que o fato dele estar no mundo logo é algo “enorme” para os dois. Há rumores de que ele poderia até dar origem a uma nova franquia no estilo de Missão: Impossível, Bourne e James Bond. “Ao entrar nisso, sabíamos que não queríamos imitar ninguém“, ela diz, acrescentando que tinha que ser “uma ideia totalmente nova” para dar certo. “Mas estou muito orgulhosa… o simples fato das pessoas estarem colocando Agente Stone ao lado de filmes tão grandes e icônicos é um elogio incrível.” Ela gostaria de fazer uma sequência? “Se eu tiver essa sorte, eu adoraria!” ela sorri.
Mas, por enquanto, seu foco está em uma coisa. “Quero trazer coisas boas para o mundo“, ela continua. “Eu só quero ter um efeito positivo com o que quer que eu esteja fazendo… em qualquer papel que vier a seguir.” E com isso ela parte, planejando sua próxima grande aventura.
Esta entrevista foi feita antes da greve SAG-AFTRA de 2023.