Empire: a revista visitou o set de ‘Mulher-Maravilha 1984’ e deu novas informações sobre o filme

  • 18 de abril de 2020

Mulher-Maravilha 1984 é a capa e recheio da revista Empire UK de junho de 2020. Confira a matéria completa traduzida a seguir e saiba de muitas novidades sobre o filme. Mas cuidado, há spoilers na matéria.

Aonde você vai depois de mudar o mundo? Para Patty Jenkins, a diretora de Mulher-Maravilha 1984, e para a estrela Gal Gadot, estava muito claro: maior, mais ousado e mais brilhante. A revista Empire UK esteve no set do filme para conhecer a Diana 2.0.

Por Helen O’Hara. Tradução e adaptação: Gal Gadot Brasil.

Ninguém estava pronto para Mulher-Maravilha

Ah, todo mundo sabia que o filme de 2017 estava chegando, mas ninguém esperava o tamanho de seu sucesso. Ele havia sido orçado e descrito como apenas mais um filme de super-herói: um longa bom para se ter, enquanto nos preparávamos para a coisa de verdade, com Liga da Justiça. Apesar da longa história e popularidade da personagem, e da reação calorosa à primeira aparição de Gal Gadot em seu papel em Batman v Superman: A Origem da Justiça, quando o filme finalmente chegou, ele ainda estava com um ar de possível sucesso.

Não éramos os favoritos“, Gal Gadot diz à Empire agora. “Foi a primeira vez que todos nós gravamos um filme que geraria muito dinheiro e acho que ninguém pensou que ele se sairia como saiu.” Ou seja, arrecadar cerca de 800 milhões de dólares em todo o mundo, mais que Liga da Justiça e significativamente melhor criticado.

Garotinhas foram às exibições fantasiadas; na Comic-Con, Gal Gadot posou com elas e as aplaudiu. As empresas lançaram cobertores da Mulher-Maravilha e casacos escritos “Filhas de Themyscira”.

Parecia uma mudança radical sobre quem consegue causar impacto no cinema, mudando o jogo da mesma forma que Missão Madrinha de Casamento ou Corra! mudou. A usuária do Twitter, @megsauce, resumiu: “Não é de se admirar porque o homem branco é tão obscenamente confiante o tempo todo, vi uma mulher heroína e estou pronta para combater milhares de caras só com as minhas mãos.

Há apenas um problema: esse sucesso significava que elas seriam solicitadas a repetí-lo, sem o elemento surpresa. E só porque Zeus é seu pai, não significa que um raio cairá duas vezes no mesmo lugar.

Recebi muito apoio [no primeiro filme], mas havia medo, porque eu estava mudando a direção e o tom“, diz a diretora Patty Jenkins quando a Empire se sentou com ela em Los Angeles, em janeiro de 2020. “Desta vez, as pessoas entenderam que deu certo e que ela se saiu bem. Mas agora eu queria fazer algo novo.

Dessa vez elas eram as favoritas.

Patty e eu chegamos com muito mais experiência e conhecimento sobre o que esperar“, diz Gal Gadot. “Sabíamos como era o processo, o que precisávamos fazer, como as coisas funcionam.” Então, elas foram atrás.

Jenkins nunca pensou em ir pelo lado seguro. Dessa vez, ela queria se divertir com o poder de sua heroína, levá-la ao redor do mundo e pressionar todos os aspectos do filme: cenas de ação maiores, apostas maiores, cabelos maiores. Cabelo? Sim, porque ela também decidiu avançar no tempo 66 anos, mostrando as aventuras de Diana Prince/Mulher-Maravilha no mundo tão mudado de 1984. Isso exigiria um pouco de spray de cabelo de longa duração.

A minha ambição aumentou o suficiente para fazer deste um filme ainda mais difícil de se fazer“, admite Jenkins. “Havia uma história que eu queria contar. O melhor local para fazer essa história era nos anos 80. E sinto muita falta de filmes de grande espetáculo, [no qual] você está vendo pessoas reais fazerem coisas incríveis e você está indo a lugares de verdade e vendo vistas incríveis. Então, eu disse: ‘Vamos tentar fazer uma jornada épica enorme na tela’.

O processo de seguir essa jornada se mostrou muito mais difícil do que o esperado, ela diz. Não porque algo deu errado: o elenco se amava, os chefes de departamento de Jenkins responderam e o estúdio apoiou seus pedidos de localização – mesmo quando ela quis levar as Amazonas para as Ilhas Canárias para uma cena em tela azul, apenas para ter a luz do sol certa em seus rostos. Mas a escala do desafio que Jenkins se impôs era imensa e envolveu enormes cenas de ação nas paisagens desérticas e fechar mais da Avenida Pensilvânia, em Washington DC, do que durante uma Posse Presidencial.

Mulher-Maravilha 1984 levou a sério o espírito de ‘mais, mais, mais’ dos anos 80. Faça grande ou vá para casa.

Jenkins pensou no conceito de sequência enquanto filmava o primeiro filme. Ela cintou a Gal Gadot e Chris Pine, que interpreta o interesse amoroso de nome Steve Trevor, ao mesmo tempo, explicando o cenário planejado dos anos 80 e os temas que ela queria explorar. Crucialmente, ela encontrou uma maneira de trazer Steve de volta para a sequência, após da inconveniente morte que ele sofreu no final do último filme.

Ela é uma fonte de idéias, constantemente“, diz Chris Pine. “Nesse filme, ela estava falando sobre as Amazonas e talvez uma série de TV que ela faria sobre elas. Mas ela estava trabalhando no segundo, durante o primeiro.” Gal Gadot amou o conceito. “Eu estava dentro“, ela vislumbra. Ele prometia uma sensação completamente diferente do que da última vez, que havia se passado, principalmente, na lama das trincheiras da Grande Guerra e filmada durante um inverno chuvoso. Este seria colorido por neon, em vez de gás mostarda, oferecendo um mundo mais populoso e brando de se explorar.

No primeiro filme, pudemos ver o nascimento da personagem, mas não tivemos tempo suficiente para cavar fundo, fundo, fundo“, diz Gal Gadot. “Desta vez, por já estarmos familiarizados com a personagem dela e por a encontramos em um lugar diferente de onde a deixamos, há muito mais a se explorar e muito mais para ela descobrir. E para mim, como atriz, eu também queria ir mais fundo, para mostrar a jornada dela.

A história continue em 1984, com Diana trabalhando no museu Smithsonian, em Washington DC, e vivendo no complexo de Watergate. O cenário de Washington DC significa que ela está posicionada para acompanhar o governo de uma superpotência e seu apartamento lhe permite uma visão em todas as direções. O trabalho do Smithsonian também permite que ela procure por quaisquer itens místicos e perigosos que possam surgir. “É um mundo com outros deuses e outras tradições“, lembra Jenkins.

Porém Diana está vivendo próxima ao mundo, em vez de estar totalmente envolvida com ele, sendo uma super-heroína, mas tentando evitar ser vista enquanto o é e renunciando a relacionamentos próximos, porque tem receio de perder os amigos. “O primeiro filme foi o crescimento, foi Diana se tornando a Mulher-Maravilha“, explica Gal Gadot. “Ela era muito ingênua e não entendia as complexidades da vida. Era um peixe fora d’água. Neste filme, não é o caso. Diana evoluiu. Ela está muito mais madura e muito sábia. No entanto, ela está muito sozinha. Ela perdeu todos os membros de sua equipe e é reservada. E então algo louco acontece.

Esse “algo louco” é o retorno de Steve Trevor, por meios que ainda não foram revelados. É a deixa para uma inversão de papéis do primeiro filme: agora, Diana é a guia de um Steve confuso em um mundo novo e estranho. “Isso realmente foi um pouco difícil para mim“, admite Pine. “Eu não interpretava o cara sério há muito tempo, porque geralmente eles querem que caras da minha idade interpretem o tipo cansado do mundo e de cara fechada. É divertido interpretar o cara profundamente chapado e curioso, como se você estivesse em um viagem doida. Guiado por um terapeuta, é claro. Admitido na Johns Hopkins. E parte de um estudo importante.”

Trazer Steve de volta dos mortos é um risco: isso parecerá implausível demais? O público se sentirá enganado por seu sacrifício? Por outro lado, não fazer isso também é um risco: Chris Pine foi uma grande parte do sucesso do primeiro filme, tanto na avaliação de Gal Gadot quanto na de Patty Jenkins, e a história de amor deu certo. “Chris era parte integrante do filme e de seu sucesso“, diz Gal Gadot. “E porque ele, eu e Patty gostamos muito de trabalhar juntos, queríamos tê-lo de volta. E Patty e [o co-roteirista] Geoff Johns encontraram a melhor maneira para trazer Steve de volta que serve à narrativa.

Para Jenkins, ele era necessário para o arco de Diana. “Ela tem sua própria jornada neste filme“, diz Jenkins. “Esta não é simplesmente uma [história de] heroína impopular. Durante o curso do filme, ela ganha vida na época em que está vivendo e tudo o que está acontecendo, para o bem ou para o mal. Ele acaba trazendo-a para este mundo e fincando os pés dela no lugar onde ela está.

Mas se Batman v Superman for canônico, Steve não estará por aí para sempre – e dentro da própria história, sua aparição pode estar ligada a problemas em outros lugares.

O problema desta vez não virá de algum deus grego ou de uma personificação antropomórfica da guerra; agora Jenkins está fincando os dentes em dois dos inimigos mais icônicos dos quadrinhos da Mulher-Maravilha. Inicialmente para seu vilão, Jenkins pensou na Mulher-Leopardo, a ríspida felina cujas garras e inveja representam uma séria ameaça à Diana. Mas ela gostou da versão de Barbara Ann Minerva dessa personagemque começa como amiga de Diana e daí sai espetacularmente dos trilhos. Isso significava que ela precisava de outra força para introduzir este “elemento externo da corrupção” e desencadear essa transformação, que é onde entra o Maxwell ‘Max’ Lord, interpretado por Pedro Pascal. Ele é um empresário que se promove e que te promete o desejo do seu coração e que “tudo o que você tem que fazer é querer”. Este é o personagem que Jenkins diz ser “completamente comprometido” com o espírito empresarial dos anos 80 de que a ganância é boa e mais é sempre melhor do que suficiente.

Pascal já havia trabalhado com Jenkins em um piloto de TV chamado Exposed e quando a ligação para Mulher-Maravilha 1984 veio, ele estava pronto. “Não havia nada que ela pudesse me dizer que me fizesse não querer fazer isso“, ele diz. “Poderia ser tipo, ‘Ele está nu e molhado o filme inteiro’, e eu ainda o teria feito”.

O primeiro dia dele no set foi gasto filmando os comerciais de Lord, uma recriação quase de cena a cena de anúncios reais dos anos 1980 que o imergiram instantaneamente no materialismo absurdo do personagem, com Jenkins gravando o que quer que Max considerasse impressionante. “Meninas!” Jenkins ri. “Jogar baralho em um barco! Isso equivalia a sucesso [para ele]. Cinco garotas de biquíni em um barco.

Mas se Lord é ridículo, ele também libera forças perigosas. Um de seus alvos é Barbara, outra cientista do Smithsonian. “Eu gosto que o mal vem de dentro de nossa própria história“, explica Jenkins.

O que faz Barbara se transformar na Mulher-Leopardo é sentir que nunca foi tão boa quanto alguém como Diana. Ela me lembra de certas pessoas que eu conheci que têm tão baixa autoconfiança que eles estão sempre se segurando. Então, quando eles começam a aceitar a mudança, sai esse ressentimento feio acumulado ao longo de todos esses anos.

Para traçar essa evolução para a Mulher-Leopardo, Jenkins recorreu à Kristen Wiig. “Kristen interpretar essa personagem foi a melhor ideia, porque ela tem muitas facetas diferentes nela”, diz Gal Gadot. “Ela pode ser insegura e vulnerável e depois engraçada e charmosa, e daí pode ficar realmente sombria.

De fato, sob o olhar de Lord, Barbara parece florescer. “Bem no início, Barbara é propensa a risos nervosos e está um pouco retraída e insegura“, diz Wiig.

Ela não está muito alerta, mas quer desesperadamente estar.” A princípio, parece uma evolução positiva, à medida que ela se torna mais autoconfiante e ousada. Mas então ela toma medidas mais extremas e arrisca muito mais, conforme se transforma lentamente na Mulher-Leopardo. As tentativas de Diana de avisar sua amiga sobre os perigos de sua nova vida só parecem mais com as atitudes complacentes que Barbara sempre ressentiu, alimentando sua fúria.

É como se ela se tornasse uma pessoa diferente“, diz Kristen Wiig. “Eu precisava ser constantemente lembrada: ‘Ombros para trás! Você é a Mulher-Leopardo!’” Barbara assume primeiro um visual de couro mais durão, antes de sua transformação final, em um processo que é tão doloroso para Diana quanto ameaçador. “Realmente é como o desmoronamento de uma amizade, com esse verdadeiro mal-entendido em seu centro“, diz Jenkins.

A forma final da Mlher-Leopardo ainda está para ser vista, embora haja pequenas demonstrações. Vimos a Armadura Dourada da Mulher-Maravilha, o traje com asas que ela usou nos quadrinhos em momentos de grande perigo ou grande guerra. Certa vez, ela a usou para lutar com a Mulher-Leopardo e a levá-la a um momento de conexão emocional, o que certamente se encaixaria na concepção de Jenkins sobre a personagem de Diana. Mas também é possível que Diana precise dela contra armas convencionais: essa Mulher-Maravilha não é totalmente à prova de balas. Nem sempre é fácil ser uma deusa.

Para o estilo de luta de Diana, Jenkins sentiu que precisava encontrar algo maior e melhor do que o primeiro filme, especialmente quando sua heroína se defronta com uma oponente felina tão rápida e feroz. “Homens lutam como homens“, diz Gal Gadot. “Estávamos cientes disso. Não quero tentar parecer um homem. Precisamos lutar como mulheres.

Havia algumas coisas, como bater a cabeça ou soco, que, diz Jenkins, “instintivamente e inerentemente pareciam erradas” para Diana, que luta, como regra, para proteger e não matar. A equipe de dublês descobriu um estilo que funcionou para as Amazonas: elas não mostravam prazer, nem tentativas de dominação, apenas uma determinação profissional para acabar a luta. Mas Jenkins não tinha certeza de como ir além, até que, uma noite, ela e Gal Gadot levaram seus filhos para assistir a um show do Cirque du Soleil, e algo estalou.

A revista Empire deu uma espiada nos resultados disso no verão de 2018, quando visitamos o estúdio no Leavesden Studios, perambulando próximo a um grupo de Amazonas de folga. Elas estavam lá para um flashback da infância de Diana, em Themyscira, e uma cena em que ela compete em uma espécie de Jogos Olímpicos Amazona contra guerreiras adultas, determinada a provar sua resistência. Em uma plataforma alta, os operadores de câmera e os membros da equipe de dublês cercam mais Amazonas, enquanto se esticam ou agacham, prontas para se atirarem e correrem, presas por cabos, por uma série de postes altos: pense em O Garoto de Ouro sem a encheção de linguiça. Este é o sonho do Cirque du Soleil de Patty Jenkins, escrito em letras grandes: um estilo de luta maior, mais ousado e mais bonito, adequado ao seu filme.

Lilly Aspell, que retorna novamente como a jovem Diana, observa as Amazonas com um olhar experiente, depois de já ter feito a mesma corrida. “A equipe diz que eu fiz mais cenas de ação do que muitas dublês fizeram”, ela diz. Lilly Aspell passou por dificuldades com as garotas malvadas de sua escola, depois que o primeiro filme foi lançado, com inveja de seu sucesso. A mãe dela pergunta: “Mas com o que nós as matamos? Gentileza.” “Socos”, sugere a jovem Diana simultaneamente, com um sorriso.

Retornar à Themyscira não estava originalmente no plano de Patty Jenkins, mas ela percebeu que precisava mostrar a casa de Diana para estabelecer o contraste com sua existência solitária e desapegada: “Fez sentido começar de novo com a origem dela, ter a justaposição de quem ela é no nosso mundo.” Em suas roupas esportivas de couro falso, as Amazonas não são muito diferentes de uma alcateia de leões; há a mesma sugestão de que elas estão relaxando neste segundo, mas poderiam pular e te matar, se necessário.

Mais tarde, naquela noite, a Empire volta para Londres, onde o local chamativo One Marylebone foi transformado em um centro de processamento para centenas de festeiros dos anos 1980. À sua maneira, é tão grandioso quanto Themyscira. Os homens estão usando topetes altos e bigodes falsos, enquanto o cabelo das mulheres está encaracolado e penteado para cair em cascata sobre um ombro ou uma manga bufante. Parte da equipe de maquiagem trabalhou para a BBC nos anos 1980 e está recriando aqueles dias de glória de sombra azul nos olhos e lábios fucsia. Uma fumaça desorientadora de spray de cabelo se estende escada abaixo e sai pela rua; em todo lugar que você olha, alguém está penteando algo. Definitivamente, estamos em 1984. O excesso é grande.

As multidões, então, se aproximam do Royal College of Physicians, transformado em um local chique de arrecadação de fundos do Smithsonian, graças a telas prismáticas e iluminação dourada. Diana tem que percorrer a multidão em busca de Max Lord, com homens olhando para ela em seu vestido branco (um visual equilibrado exatamente entre a Dinasty e Olympus) enquanto ela passa. “Diga a esses caras para serem muito mais arrogantes“, diz Patty Jenkins depois de uma tomada, enquanto Gal Gadot toma uma bebida gelada com um canudo (“Rum e coca-cola“, afirma sua assistente. “Não me exponha!“, ri Gal Gadot). Eles passam a cena novamente; desta vez, as cantadas são ainda mais cômicas, mas Diana permanece fixa em seu objetivo. Até que ela vê alguém que a lembra de Steve Trevor e todo o resto – Max, Barbara, os últimos 66 anos – sai da sua cabeça.

Excesso não é apenas decoração em Mulher-Maravilha 1984. Não é coincidência que o evento de gala do Smithsonian seja intitulado de “O Lado Escuro do Desejo” (The Dark Side Of Desire, título original). Tudo isso retorna a pergunta sobre se a ganância é realmente boa, afinal. O cenário dos anos 1980, então, não é apenas uma desculpa para um remix excelente de Blue Monday, muito neon ou até mesmo, diz Chris Pine, “nostalgia por nostalgia“. Para Patty Jenkins, tratava-se mais de identificar os males do nosso próprio momento naquela época anterior. As promessas de Max fazem dele um precursor da estrela do Instagram, vendendo a imagem gloriosa, mas vazia, de uma vida perfeita que é toda feita de fama e fortuna. “Esse é o sonho americano que os anos 1980 deram a luz“, diz ela. “Eu realmente pensei muito sobre isso quando estava fazendo a parte de Max Lord. É como se você merecesse ter tudo.

Mas também se trata de voltar às grandes e ambiciosas filmagens físicas dos anos 1980, rodar como um James Bond e fazer a ação como um Indiana Jones. Patty Jenkins insistiu em fazer disso uma “experiência global” – e em garantir que a Mulher-Maravilha não fosse apenas uma heroína americana, mas mundial. E se isso significa pressionar para cenas de ação maiores ou outro local distante, que assim seja. “Eu costumava chamá-la de ‘espada japonesa'”, sorri Gal Gadot, radiante sobre sua colaboração com Patty Jenkins e o filme que elas fizeram. “Ela sabia exatamente o que precisava fazer e como fazê-lo da maneira mais agradável e eficaz.”

Então, Mulher-Maravilha 1984 pode tirar a sorte grande novamente? A equipe certamente não pode ser acusada de repetição de tons. Com um cenário de arte e arquitetura modernistas e música pop de sucesso, há uma sensação de cores florescentes nele que deve equilibrar os elementos mais pesados e talvez ainda mais trágicos da história. Uma mistura que poderia – se Patty Jenkins atingir sua marca – recuperar a sensação daqueles filmes Amblin dos anos 80 em sua mistura de ação, aventura e emoção.

Talvez um raio possa atingir duas vezes o mesmo lugar – ou, pelo menos, Diana pode laçá-lo e pegar uma carona.

Mulher-Maravilha 1984 está, no momento, programado para ser lançado nos cinemas em 13 de agosto de 2020.

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Totalmente Radical

A equipe de Mulher-Maravilha 1984 escolha o que eles adoram nos anos 1980

Gal Gadot

A Madonna. Eu nasci nos anos 1980. Então, eu a ouvia nos anos 1990 – e nos anos 2000 e 2010 -, mas Madonna se tornou o ícone que ela é lá nos anos 1980. É engraçado, porque algumas pessoas mencionaram que Kristen tem visuais neste filme que os lembram da Madonna.

Patty Jenkins

Eu diria patins, só porque andar de patins era o que eu fazia o tempo todo nos anos 1980. Pode ser apenas a minha idade, porque eu era adolescente – saímos para pistas de patinação. E foi uma ótima experiência dos anos 1980, mas pode ser uma versão americana dela.

Chris Pine
Um dicionário. Eu acho que era um dicionário. Era laranja. Tinha, tipo, uma alça nele. Era um Speak & Spell? É assim que se chamava? E eu teria dito um Nintendo, e daí pensei nessa coisa dos Transformers que eu tinha.

Pedro Pascal
Eu era obcecado por filmes. Era tudo culpa do meu pai, porque ele nos levava ao cinema várias vezes por semana. E mesmo que eu tenha desenvolvido um paladar muito sofisticado para cinema, eu tenho que dizer que meu filme favorito quando criança era Poltergeist, o que é muito perturbador, mas também é um lindo filme de família. Sabe, ou um filme sobre uma família.

Kristen Wiig
Provavelmente um cubo de Rubik. Acho que o máximo que consegui foram três lados. Um, dois, três. Sim, meio caminho. [Como se escrevesse este artigo] ‘Kristen levou um minuto para contar até três’.