Elle | Gal Gadot entra para a grande liga de Hollywood
- 11 de novembro de 2017
Gal Gadot estampa a capa de dezembro da revista Elle norte-americana. Nela, Gal Gadot fala mais sobre sua carreira, conta como conheceu o marido em um retiro no deserto e dá pequenos detalhes de um projeto novo que ela mesma está desenvolvendo.
Confira a matéria traduzida pela equipe do Gal Gadot Brasil, a seguir.
As fotos da sessão especial para a revista, feitas pela fotógrafa Paola Kudacki, estão ao final da página.
Gal Gadot entra para a grande liga de Hollywood
Por Holly Milea
Da perspectiva de um mero mortal, parece o melhor trabalho temporário em uma economia temporária: super-poderes, super-gadgets e um estilo de vida super-secreto. Preso em todos os superlativos sexy, é fácil ignorar as desvantagens do trabalho: ameaças de mortes constantes, lutar contra o ma 24 horas, 7 dias por semana… E o código de vestimenta? Um macacão de latex ou poliéster com stretch, o que quer dizer zero carboidratos. E a menos que o seu super-poder seja controlar a bexiga, ei, divirta-se indo ao banheiro.
Esses são os fardos que a Liga da Justiça devem suportar e com eles, uma série de problemas de saúde mental, que vai do Estresse Pós Traumático (Batman) a depressão (Superman) ao Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (Flash) a ansiedade (Cyborg), a crise de identidade (Aquaman). Adicione um vício (mais uma ansiedade induzida pelas bilheterias, o novo filme da Liga da Justiça será lançado este mês) e você teria uma equipe dos sonhos co-dependente.
Então, há a Mulher-Maravilha, Diana, a princesa das amazonas, de Themyscira, uma ilha de mulheres vivendo em uma bolha de felicidade não vista pelo mundo guerreiro moderno, que pode ou não pode explicar o por quê de ela ser o único “super” que não precisa de um psiquiatra.
“Tem havido um medo, por anos, de ela ser ‘limpa’ e ainda assim durona“, diz a diretora de Mulher-Maravilha, Patty Jenkins que, 75 anos depois de Mulher-Maravilha fazer a sua estreia na DC Comics, trouxe a história da super-heroína para a telona no ano passado, estrelando Gal Gadot. “A suposição de muitas pessoas sobre o que seria uma mulher durona é, na verdade, uma mulher problemática. As pessoas confundem força com defensividade e eu ficava, ‘Por que ela seria defensiva? Ela confia totalmente nas pessoas! Por que ela seria brava? Ela supõe que vai ser bem tratada. Ela não tem complexo de inferioridade!’”
Espere até ela descobrir que está sendo paga 80 centavos por dólar.
Diferente dos colegas dela, Diana é otimista e pode usar alta costura diretamente da semana de moda de Themyscira: um mini vestido moldado em resina que se parece com uma armadura com influências romanas, combinado com botas acima dos joelhos, uma capa e acessórios únicos: uma tiara mágica, braceletes que desviam balas, espada e escudos herdados e um laço dourado da verdade.
Hoje, sendo quarta-feira casual em Los Angeles, Gadot emerge, sem adornos e armas, de um SUV com motorista, vestindo uma camisa de botão preta, shorts jeans e mocassim pretas Gucci. O cabelo dela brilhante está em um rabo de cavalo, um pequeno brinco de argola de diamantes brilha no sol. Sem maquiagem, com um rosto em forma de coração, lábios contornados e sorridentes; olhos em formato de amêndoas, a atriz israelense se parece muito mais nova do que 32 anos. Quando Jon Hamm conheceu pela primeira vez “essa garota animada com um boné de baseball,” no set de Vizinhos Nada Secretos, de 2016, ele diz, “Achei que ela fosse assistente da produção.”
Gadot insistiu que nos encontrássemos nesse local pequeno no shopping, pedindo que o nome ficasse em segredo. “Pois, como você pode ser, é pequeno, com apenas 8 lugares. É incrível.”
Basta dizer que estamos em um restaurante de sushi e, dado os preços no menu, os peixes foram capturado à mão pelo Aquaman esta manhã. Gadot pede uma cerveja e o omakase (escolha do chef), dizendo ao garçom: “Sem ovas de salmão, sem ouriço do mar, sem moluscos“. O mesmo aqui.
“Você vai amar,” ela diz. “Eles tiram a temperatura do peixe, cortam o peixe de uma certa maneira… Você se lembra do Nazista da Sopa, de Seinfield? ‘Sem sopa para você!’ É assim, eles dizem, ‘Sem wasabi! Sem shoyo!’ Eles cuidam do seu paladar.” Ela arqueia uma sobrancelha, separa os palitinhos dela e se aproxima. “Não fale, de jeito nenhum, sobre esse lugar.“
O sotaque definitivamente dá certo para ela. Profundo e exótico, faz qualquer coisa que ela diga mais engraçados, ou mais triste, ou mais bobo, ou mais sério e, no geral, extra encantador.
Ainda mais, quando ela inverte as palavras ou omite alguma de uma frase, ou franze a sobrancelha enquanto tem dificuldade com uma definição: “O que isso significa, resoluto?”
“Quando eu estava em Israel, bem antes de Mulher-Maravilha, bem antes de qualquer coisa, eu fui até a minha técnica de diálogo e disse a ela, ‘Meu objetivo é dentro de um ano falar inglês americano por completo.’ Ela disse, ‘Ga, querida,’ ela tem uns 60 e poucos anos, adorável, cheia de compaixão. Ela disse, ‘Gal, isso não vai acontecer.’ E eu fiquei tipo, ‘Do que você está falando? Eu virei aqui três dias por semana, por algumas horas, como se fosse um intensivo!’ Ela disse, ‘Mas por quê você ia querer fazer isso?’ Eu disse, ‘Eu sou a minoria com o meu sotaque. Eu tenho que interpretar a garota internacional. Não há uma garota não internacional em todos os filmes! Isso diminui a minha oportunidade.‘”
“Ela disse, ‘Sim, mas quer saber? Você é especial assim. Você tem ideia de quantos americanos existem em Los Angeles, procurando por papeis, que se parecem mais americanos do que você, soam mais americanos do que você? Apenas seja você.’”
“Ela me lembra um cavalo árabe. Única. O modo como ela anda. O jeito que o cabelo dela cai perfeitamente nas costas dela. Como ela se comporta.“- Diretor de Mente Criminosa, Ariel Vromen
O conselho mostrou-se profético. Em 2013, os executivos da Warner Bros. e o diretor Zack Snyder estavam fazendo testes de câmera com as selecionadas para interpretar a Mulher-Maravilha em Batman v Superman: A Origem da Justiça. O papel era pequeno, uma espécie de introdução. Eles precisavam de um certo alguém que era cheia de carisma, beleza, força e graça, e que agradasse todos os gêneros, alguém com audácia, para liderar a uma franquia em potencial.
“Esta foi a primeira vez que a colocamos diante da câmera,” Snyder se lembra. “Era um teste de química com Gal e Ben [Affleck], gravando uma cena que eu escrevi para ver como o Batman e a Mulher-Maravilha, como Bruce Wayne e Diana Prince, ficariam e se pareceriam quando estivessem juntos. Era uma cena intensa, um momento em que eles estão discutindo sobre os planos dele e se ela se uniria a ele ou não. A tensão aumenta e bem no final, ela diz, ‘Não sou eu que estou com problema aqui, Bruce; é você.’ Você realmente via que ela era páreo para o Ben. Era para ele olhar ela sair e sair de cena. Em vez disso, ele a olhou sair, se virou devagar, olhou diretamente para a câmera e fez uma cara, um ‘Uau, ela é incrível!’ Sabíamos que era ela.”
“Eu não tinha visto nenhum dos outros trabalhos dela,” Affleck admite. “Mas era claro que não só ela podia fazer isso, mas a gente realmente precisava dela; que ela podia fazer algo excelente com essa personagem que é muito mais difícil de interpretar do que parece. que não divaga por aí ou é séria demais, é uma linha tênue. E ela também está sendo o ponto de partida, como uma super-heroína, carregando um filme. Havia muita pressão nela.”
Você nunca imaginaria. Após Batman v Superman, Gadot esteve em Atlanta gravando a subestimada comédia de espiões, Vizinhos Nada Secretos, estrelando ao lado de Hamm, Zach Galifianakis e Isla Fisher. “Eu sabia que ela estava prestes a entrar em Mulher-Maravilha, Liga da Justiça e tudo isso,” Hamm diz. “E eu só pensei, ai Deus, você está prestes a começar a correria pelo mundo. Mas ela estava tão otimista e tranquila quanto a isso. Se tiverem muita coisa acontecendo, muitas pessoas se comportam mal. A Gal, nunca.”
Quando vimos nossos três super-heróis pela última vez, em Batman v Superman, eles salvaram a raça humana, mas perderam um jogado, quando o Superman se sacrificou pela equipe, atingido por uma lança com kriptonita. No novo filme Liga da Justiça, o planeta todo está, novamente, sobre ameaça e não só pela Coreia do Norte.
O dever chama e Batman e Mulher-Maravlha se juntam novamente, chamando outros heróis do panteão da DC para a luta. “Há uma espécie de Sete Homens e um Destino na formação da equipe,” diz Ben Affleck. E entre os dois personagens principais, um retorno a questão da química: será que eles vão, será que não vão, por quê não vão? Divertido!
Um garçom colocar dois pratos, cada um com uma fatia de algo translucido e fala, “Sem molho shoyo!” “Oh, é tão pequeno e fofo!” Gadot diz. Ela o coloca na boca, mas uma grande cena para saboera-lo. “Olhe para nós. Você é de Oklahoma!” (Na verdade, da Dakota do Sul) “Sou do Oriente Médio. E estamos aqui e o sol está brilhando e estamos comendo ótima comida. Deveríamos estar agradecidas.”
Eu estive no restaurante de sushi em Atlanta que Gadot e Jenkins se encontraram pela primeira vez, em 2015, para discutir a visão delas para Mulher-Maravilha. Jenkins foi contratada as pressas, após a diretora original de Mulher-Maravilha, Michelle MacLaren, saiu por conta de diferenças criativas. (Foi dito que MacLaren, conhecida por alguns dos episódios mais eletrizantes de Breaking Bad, Game of Thrones e The Walking Dead, tinha uma Mulher-Maravilha mais durona em mente.)
“A Patty disse, ‘O que queremos que esse filme seja?’” Gadot diz. “Concordamos que tínhamos que aspirar por uma obra-prima com uma mensagem profunda, não de um jeito pesado, mas de modo divertido, interessante.“
Sem problema. Jenkins, mais conhecida pelo filme de 2003, Monster: Desejo Assassino, um filme biográfico aclamado pela crítica sobre a assassina em série Aileen Wuornos, sabia exatamente para onde ir no projeto da super-heroína. Como ela havia feito na humanização de Wuornos, ela viu o seu assunto Diana Prince de dentro para fora. “Eu estava interessada em fazer uma viagem do ponto de vista dela”, diz Jenkins. “Eu era apenas uma pessoa olhando para outra e contando uma história sobre o que é ser ela“.
Veja a sequência emocionante em que a Mulher-Maravilha anda, depois corre, sozinha pelo campo da Primeira Guerra Mundial, Terra de Ninguém, para libertar um pequeno vilarejo dos soldados alemães. Ela não sabe que ela não vai morrer, é só enquanto ela luta para sobreviver a distância que ela descobre a verdadeira força dos super-poderes dela. “Aquele cena é o meu orgulho e minha felicidade,” diz Jenkins. “Porque é sobre a transformação dela em Mulher-Maravilha, ao invés de assistirmos a Mulher-Maravilha aparecer.” Bem ali está o motivo do filme de US$149 milhões ter arrecadado US$820 milhões no mundo todo.
Para Gadot, a cena é especialmente pesada. O avó dela, Abraham Weiss, tinha 13 anos quando os nazistas invadiram o vilarejo dele de Munkács, na Checoslováquia. O pai dele morreu lutando no exército. Weiss, a mãe dele e o irmão foram mandados para Auschwitz; ele foi o único da família dele que sobreviveu ao campo. Weiss faleceu em 2014. “Uma das histórias que estou desenvolvendo é sobre o Holocausto da perspectiva das mulheres,” Gadot diz. “Sinto que essa é parte da minha missão, contar a história, porque foi um horror e ele sempre me disse que se você esquece a sua história, ela se repetirá, especialmente agora, com tudo o que está acontecendo.”
“Gal foi uma escolha perfeita em uma época em que a notícia é sobre igualdade e justiça para as mulheres, igualdade e justiça pelo mundo,” diz Robin Wright, que interpreta a tia de Diana, Antíope, uma feroz general de Themyscira, no filme. “Que ela encarnou a super-heroína que representa isso? É por isso que o filme se tornou global. Foi sincronismo.”
Você pode imaginar a Mulher-Maravilha com um sotaque americano? Não.
Não que eu queira trazer notícias falsas, mas é bem possível que Gadot seja uma agente Mossad, numa missão para recrutar uma Liga da Justiça só de meninas. Das agentes mostradas escolhidas até agora, outros membros provavelmente incluem:
Penélope Cruz: a atriz preferida dela.
Wright: a estrela do filme preferido dela, A Princesa Prometida, havia acabado de jantar com Gadot e Jenkins quando ela me ligou sobre nossa entrevista. “Dissemos, ‘Temos que fazer isso uma vez por mês!’”
E a colega de elenco de Gadot de Batman v Superman e Liga da Justiça, Amy Adams? Definitivamente dentro, ela sabendo ou não. “Curiosamente, estou com a Gal agora“, diz Adams, rindo no telefone enquanto as crianças das duas estrelas brincam no fundo. Gadot diz alguma coisa, e Adams grita: “Não, qual é! Eu vou falar bem você!”
“No primeiro filme, a gente só tinha uma cena juntas, quando o Superman morre, então tudo o que eu sei dela é fora do trabalho,” Adams continua. “Eu sou um pouco tímida e a Gal disse, ‘Eu não ligo se eu tiver que ir atrás de você! Você vai me responder de volta e a gente vai ser amigas.’ E quer saber? É difícil dizer que você se sente lisonjeado com alguém que busca uma amizade, mas fiquei realmente lisonjeado por ser uma pessoa tão interessante. Estou me segurando, porque ela está bem aqui. Ela é definitivamente é material para uma girl-crush.”
O diretor de Velozes e Furiosos, Justin Lin, sentiu algo misterioso sobre Gadot desde o começo. “Ainda me lembro da fita de audição dela,” diz Lin, que deu a atriz a sua grande estreia em Hollywood, em 2009. “Muitas outras atrizes estavam encenando a cena. Mas Gal fez eu me sentir tipo, quero realmente conhecer mais sobre ela. Havia tanta profundidade, como uma vida anterior. Há um desconhecido nela.” Ele ri, talvez com as falsas novidades. “Toda vez que eu me sentava com ela para uma refeição, eu descobriria algo:” É, eu estive no exército…’“
Isso é certo sobre Gal Gadot, de acordo com o dossiê do Departamento da Liga da Justiça: ela cresceu com sua irmã mais nova, Dana, nos arredores de Tel Aviv, em Rosh Ha’ayin, uma pequena cidade onde seu pai, Michael, trabalhou como um engenheiro mecânico e sua mãe, Irit, como professora de educação física.
Foi, segundo Gadot, uma infância feliz: “O esporte era uma grande coisa, o tédio é o maior inimigo da juventude. Quando os adolescentes estão ocupados, especialmente com os esportes, eles podem liberar todas essas endorfinas, toda a frustração ou o que quer que você sinta.” Dito isto, ela também mostrou um talento precoce para a clandestinidade. “Eu era muito boa em me esconder! Sabe, matando aula; você vai sair e diz para seus pais que é com a amiga e vai para a casa do namorado…”
Uma líder de torcida de futebol, jogadora de basquete e dançarina de hip-hop, Gadot se formou no ensino médio e foi coroada Miss Israel, em 2004, antes de servir os dois anos obrigatórios nas Forças de Defesa de Israel (IDF), como instrutora de combate.
Com sua obrigação cumprida, Gadot, em toda velocidade, ela entrou na faculdade de direito, começou a modelar, deixou a faculdade de direito e foi escalada em Bubot (“Babes”), uma série israelense de curta duração que seguia a vida de modelos.
Dentro de dois anos, ela conseguiu Velozes e Furiosos. Entre reprisar o papel dela em três filmes da franquia, um pequeno papel levou a outro: Entourage, Uma Noite Fora de Série, Encontro Explosivo, Mente Criminosa e antes que você possa dizer “Red leather, never yellow leather” (couro vermelho, nunca couro amarelo) cinco vezes, rápido, o exercício de diálogo dela, Gadot tornou-se a estrela de cinema mais poderosa de Hollywood.
“Meu agente a conheceu e disse, ‘Você e a Gal têm que fazer uma comédia juntas’,” diz Adams. “Então, agora estou escrevendo uma comédia para nós. Não estou brincando. Vamos incluir a Isla [Fisher], também.”
Enquanto isso, de volta ao nosso secreto restaurante de sushi, em Los Angeles, cada vez que Gadot inclina a cabeça e toca aquela pequena argola de diamante na parte superior de sua orelha esquerda, como um sinal de que ela está de acordo, o garçom bravo aparece. “Sem wasabi!”
Gadot fez o piercing na cartilagem em seu aniversário. “Eu fiz 28 anos, e fiquei, meu Deus, este é um número sério, todo mundo tem seu número. Eu disse, ‘Tenho que fazer algo para me fazer sentir jovem novamente. Sou muito covarde para fazer uma tatuagem.”
Ela deixa as tatuagens para o marido, o desenvolvedor imobiliário multimilionário de 42 anos, Jaron Varsano. “Mas,” ela diz com carinho, “eu não posso te dizer o que elas são.”
Os dois se conheceram em um retiro no deserto, onde Gadot, então com 20 anos, tinha ido para curar múltiplos coração partido. “O namorado do colégio com o quem eu tinha ficado por quatro anos e eu, nós seguimos caminhos separados e eu estava bem com isso“, ela diz. “Mas, então, eu tive outro relacionamento e outro relacionamento, todos eram mais velhos do que eu e eles ficavam terminando comigo! E eu sou como um filhote de Labrador, eu só preciso estar com alguém, ser amada e abraçada. Eu amo rir. Eu não gosto de ficar sozinha.”
“Então, como um cachorro que foi chutado, eu fui ao deserto e eu levei Falling in Love: Why We Choose the Lovers We Choose [Apaixonando-se: Por Que Escolhemos os Amantes Que Escolhemos, em tradução livre], um livro de psicologia. Ele fala sobre o que nos desencadeia como pessoas, pelo o que somos afetados, o fato de que não existe algo como se apaixonar. Você não cai na rede do amor.”
“Então, Jaron chegou lá com amigos em comum e todos nós ficamos na mesma área da duna, em barracas. Ele veio e não olhou para mim duas vezes. E isso me irritou,” ela olha para o outro lado. “O que há com o excesso de confiança?”
“A comida era tão ruim ali, tipo, era uma comida nada atraente“, continua Gadot. “Então, Jaron dirigiu até esse restaurante francês há 1:30 de lá, comprou o menu inteiro e trouxe de volta para todos. Aí, estávamos sentados em um círculo e eu sou como a Mamãe Ganso, servindo comida para todos e levando o prato até eles; e ele estava sentado ao meu lado. Eu simplesmente coloquei minha mão na coxa dele e foi isso. Começamos a conversar até o sol se pôr e o sol nascer. Foi a noite toda.”
Eles têm duas filhas, Alma, de cinco anos e Maya, de nove meses; e após nove anos de casada, Gadot ainda está apaixonada. “Ele é o meu super-homem, o amor da minha vida… até onde posso ir com isso?” Muito longe.
Com a conta paga, Gadot pisca um tchau ao chef atrás do sushi bar e, com um sotaque americano perfeito, diz: “Incrível, cara! Adorei! ” Ela aponta para um sinal: SEM SPICY TUNA ROLL. SEM CALIFÓRNIA ROLL. “Viu, eu disse“, ela diz.
Do lado de fora, o SUV preto está parado. Gadot, numa generosa tentativa de sequestro, me oferece uma carona para o hotel. Dentro do carro, ela apresenta uma amiga, Noa Dolev, que está sentada na frente, ao lado do motorista. As duas mulheres se conheceram desde os oito anos. Dolev, 32 anos, trabalha para uma organização de paz que se concentra no conflito israelo-palestino. “Noa era uma recém-chegado” na escola delas, diz Gadot. “A professora disse à mãe de Noa que ela deveria ligar para a minha mãe e que deveríamos brincar juntas e foi isso!”
“Sim, e daí nos apaixonamos!” Dolev ri.
Pergunto a Dolev como a melhor amiga dela era quando criança e ela se volta para Gadot. “Posso dizer?”
Elas começam a falar em hebreu, rápido, duas menina rindo.
“Na escola, Gal era a garota mais amigável e muito popular,” diz Dolev. “Eu era o problema.”
“Noa é muito leal“, Gadot diz, sorrindo para ela.
À medida que viramos na esquina para a Sunset Boulevard, um outodoor da Liga da Justiça de un 13 metros aparece. Lá está ela, a Mulher-Maravilha, em destaque. Bem o tipo de super-herói que esse planeta louco, incerto, perigoso e giratório precisa.
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