A Primeira Dama: “Mulher-Maravilha” na revista Entertainment Weekly

  • 17 de julho de 2016

Como foi informado anteriormente, na edição da revista norte-americana Entertainment Weekly, nas bancas essa semana, foi publicada uma matéria sobre o novo filme de Gal Gadot, Mulher-Maravilha. Confira a tradução.

A Primeira Dama

No próximo verão, Mulher Maravilha se transformará na primeira super-heroína a ter seu próprio filme. No estúdio com Gal Gadot, a feroz e engraçada atriz que está prestes a fazer história.
Por Nicole Sperling

É meio de março no Leavesden Studios, mas o dia gelado e úmido se parece mais com as profundezas do inverno. Nuvens cinza escuras pesam pelo ar. Um vento implacável explode ao longo do campo encharcado. As condições imploram por um copo de chá quente e uma lareira, mas, em vez disso, Gal Gadot está no topo de uma torre com a altura de 5 andares vestindo um glorificado maiô.

Mas, conforme a bela israelita de 31 anos vai à frente da estrutura para averiguar o inimigo que a personagem dela acabou de derrotar, ela não parece estar com nem um pouco de frio. Vestida com seu traje completo, de suas botas de salto alto à sua tiara dourada, ela se parece com a heroína que todos estivemos esperando. Ela se parece com a Mulher Maravilha. “Foi um momento muito importante,” ela diz mais tarde. “Mesmo com o clima não cooperando, eu tive que lidar com ele.” Ela dá de ombros a uma pergunta sobre seu desconforto, “O que posso dizer?” ela responde e ri. “Estava frio. Meus ovários congelaram.

Falando no geral, ovários, congelados ou não, raramente são um problema para os filmes de super-heróis e, sem dúvida, Mulher Maravilha chega em um momento importante para Gadot e para o gênero de filmes de história em quadrinhos. Graças a uma certa linha (regressiva) de pensamento de Hollywood de que personagens femininos não têm o mesmo apelo para os fãs, a heroína mais amada do gênero teve que sofrer com inúmeros roteiros abandonados e falsos começos, antes de  conseguir sua atriz principal, mesmo quando os bonzinhos menos conhecidos (Lade, Hellboy, etc) ganharam sua própria franquia. Dizer que muito está sendo colocado sobre os ombros impressionantemente musculosos de Gadot é um eufemismo. “Eu acho que parte da razão de que Mulher Maravilha não aconteceu (até agora) é porque o jeito certo de fazê-lo é como uma história clássica de sua origem,” diz a diretora Patty Jenkins (Monster: Desejo Assassino). “As pessoas tinham medo de fazê-lo com uma mulher e agora eles têm menos medo.

Com data de lançamento para 2 de junho de 2017, Mulher Maravilha realmente é uma história de origem, além de ser uma história de amor e uma saga de ação-aventura, que começa na pacífica ilha de Themyschira e termina na Europa, no final da Primeira Guerra Mundial. Pelo caminho, descobrimos por que a Princesa Diana, a filha amada de uma raça de Amazonas, decide deixar sua harmoniosa casa e se arriscar pelo complicado mundo dos mortais. Nós conheceremos Steve Trevor, o piloto e espião norte-americano interpretado por Chris Pine, de Star Trek, que rouba o coração dela, juntamente com personagens tirados diretamente das histórias em quadrinhos que estabeleceram a Mulher Maravilha como um ícone feminista: Connie Nielsen como a mãe de Diana, a Rainha Hippolyta; Robin Wright como a tia dela, a General Antiope e Lucy Davis, como a sua aliada, Etta Candy.

Eu tenho a oportunidade de interpretar um ótimo modelo a ser seguido, para as garotas se espelharem: uma mulher forte, ativa, compassiva, amorosa, positiva.” diz Gadot “Acho isso muito importante.  Já era hora de alguém fazer isso e me sinto muito privilegiada e honrada de ser essa pessoa.

Jenkins também fala do privilégio de estar envolvida no filme: “Parte do motivo de eu estar de tão bom humor é que esse é o filme que eu quis fazer durante toda a minha vida.” Jenkins se encontrou com a Warner Bros. pela primeira vez, sobre um possível filme da Mulher Maravilha, em 2005, bem antes dos “universos cinematográficos” estendidos terem se tornado a base financeira dos grandes estúdios. Ela havia acabado de dirigir Charlize Theron, que ganhou um Oscar de Melhor Atriz como Aileen Wuornos, uma assassina em série, em seu filme de estreia como diretora, Monster: Desejo Assassino, e a próxima prioridade dela era fazer um filme de super-heróis. Isso é um desafio para uma diretora em qualquer dia. Jenkins teve que adicionar o agravante de estar grávida. Liderar um filme de sucesso é uma tarefa árdua que geralmente mantém os cineastas longe de suas famílias por um ano ou mais. “Não dá para fazer isso com um bebê pequeno,” ela diz. “Alguém poderia conseguir fazer isso, mas eu não.

O estúdio e o produtor Joel Silver (V de Vingança), a seguir, tentaram o oráculo geek Joss Whedon (Os Vingadores) como roteirista e diretor, mas o projeto nunca ganhou força. Falsos começos continuaram por anos, até que a WB, finalmente, se comprometeu com um novo plano para transformar muitos de seus personagens da DC Comics em estrelas de cinema. Zack Snyder, de Batman v Superman: A Origem da Justiça, definiu grande parte do terreno, incluindo a apresentação de Gadot para o público, como a valente Princesa Diana.

Necessidade faz a ocasião,” diz o produtor de Mulher-Maravilha, Chuck Roven. “Passamos um bom tempo deixando esse roteiro redondo, mas também tivemos um grande, grande motor (nos empurrando). A expansão do universo da DC foi uma grande prioridade para a Warner Bros.” Assim como foi a contratação de uma diretora para Mulher-Maravilha. Michelle MacLaren (Game of Thrones, Breaking Bad) foi contratada inicialmente, mas depois de sua partida, o estúdio foi atrás de Jenkins. Uma defensora do elenco, Jenkins diz que não podia acreditar em sua sorte com Gadot. “O espírito natural de Gadot é a Mulher Maravilha“, diz a diretora. “Ela é tão gentil, tão boa, tão bonita e capaz de ser sexy, mas não de uma maneira que deixa as outras mulheres desconfortáveis. É o que a Mulher Maravilha deve ser.

De volta ao estúdio, o céu se abre e a chuva começa a cair. Jenkins debate se ela deve manter Gadot no topo da torre para mais uma tomada, mesmo enquanto ela brinca com a estrela. “Que tal vermos o quanto como a Mulher Maravilha você é?” Ela informa, “Gostaríamos que você corresse de salto alto e trabalhasse 7 dias por semana.

Tente isso, Batman.

Preparem-se!

Gal Gadot ganha a corrida armamentista do traje de super-heróis com as suas novas e aprimoradas luvas blindadas.

Todos sabem que acessórios fazem o super-herói, você acha que o Batman conseguiria salvar Gotham sem todos aqueles artefatos de alta tecnologia? Então, não é surpresa que a Mulher Maravilha tem uma coisinha em sua manga.

Para a primeira estreia solo da personagem, o figurinista Lindy Hemming (O Cavaleiro das Trevas) desenvolveu um novo look para os braceletes que repelem balas que Gal Gadot estreou em Batman v Superman: A Origem da Justiça. Oficialmente chamado de braçadeiras (vambraces), elas foram construídos de tecido de poliuretano, “forte, mas leve e flexível,” diz Hemming, e esculpido especificamente para as medidas do antebraço de Gadot. Os artistas da armadura, então, as pintaram a mão para parece com metal, com destaques em ouro e bronze (Uma atualização e tanto em relação aos braceletes mais modestos da era de Lynda Carter).

Por baixo dos escudos indestrutíveis, está uma faixa de couro inspirada nos boxeadores que protegem suas mãos antes de uma luta, neste caso, Hemming e Co. projetaram uma luva sem dedos que veio com a faixa anexada. Porque a última coisa que a Mulher Maravilha precisa é lidar com esse demorado ajuste no traje.

A matéria original está em nossa galeria.

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