Speed Magazine: ‘Vemos o lado humano dela,’ Gal Gadot sobre MM84

  • 10 de julho de 2020

Gal Gadot estampa a capa da revista filipina Speed Magzine de julho. A atriz, junto com Chris Pine, Kristen Wiig, Pedro Pascal, a diretora Patty Jenkins e o produtor Charles Roven compartilham um pouco mais sobre seus personagens e o enredo do filme. Mulher-Maravilha 1984 tem previsão de estreia para 01 de outubro no Brasil.

Confira a matéria traduzida a seguir e as imagens da revista ao final da página.

Mulher-Maravilha 1984

É 1984 e o ouro está em toda parte: em volta dos pescoços e pulsos, refletindo as principais luzes das roupas, acrescentando cor às bexigas que flutuam pelo teto, aguardando a deixa para cair e adicionar um ponto de exclamação brilhante à cena. Até as escadas refletem o toque de Midas no Museu de História Natural (na verdade, o museu da College of Royal Physicians, em Londres), repleto de extras preparando o palco para a festa de gala de angariação de fundos desta noite.

Mas quando Gal Gadot entra como Diana Prince – a identidade secreta da Mulher-Maravilha – ela está vestida de branco: a cor da bravura, inocência, bondade, integridade. Pode-se facilmente imaginar uma guerreira corajosa enfrentando a era do consumo atrativo sozinha.

As filmagens do dia não apenas capturam a aparência e a aparência de um tempo anterior, mas também marcam os primeiros dias de Mulher-Maravilha 1984, que tem previsão de lançamento no verão de 2020. Felizmente, para Gal Gadot, este último lançamento reúne a estrela, agora também produtora, com a cineasta Patty Jenkins, diretora do primeiro Mulher-Maravilha. Patty Jenkins co-escreveu, além de produzir e dirigir o filme desta vez. Além dos recordes de bilheterias e elogios de fãs e críticos, o filme de 2017 reviveu a super-heroína, reestabeleceu e renovou a história de origem da personagem e a trouxe, triunfantemente, à consciência atual, com todo o seu coração e força intactos.

E é força que ela precisará, porque agora a Mulher-Maravilha enfrenta não um, mas dois novos inimigos: o empresário Max Lord e – talvez seu inimigo mais conhecido nos quadrinhos – a Mulher-Leopardo. Ambos estão a vontade, com (e, aparentemente, alimentados por) ideais que alimentaram alguns dos piores excessos da época.

Jenkins diz: “Diana é mais do que uma super-heróoína que está aqui para lutar e deter os bandidos. Ela tem um sistema de crenças que diz que podemos nos tornar uma versão melhor de nós mesmos, que podemos evoluir, que há esperança para a humanidade. No primeiro filme, ela se envolveu com a primeira onda da mecanização da guerra e viu como podemos nos destruir completamente. Adorei ter esse personagem naquele mundo, caminhando por ele com sua perspectiva um pouco afastada e perguntando: ‘É assim que vocês realmente querem que a vida de vocês seja?’

Agora, ela está no meio de nós, no auge do sucesso,” continua Jenkins, “com os nossos sonhos mais loucos se tornando realidade, com opulência e excesso. Diana tem que se envolver na maneira como vivemos nossas vidas e ela enfrenta seus próprios desafios, quando é tentada com as mesmas coisas com as quais todos lutamos. É emocionante ver a Mulher-Maravilha solta nos tempos modernos, com todo o seu poder, vivendo o sonho em nosso mundo. Ela se tornou a Mulher-Maravilha da última vez; agora, ela está vivendo isso plenamente.

Para Diana, a era representa algo completamente diferente de uma época de auto-potencial percebido através de recompensas com garantias implícitas. A metade-deusa, metade-humana viveu além de todos os seus amigos humanos e entes queridos, durante sua vida longe de Themiscira. Enquanto Gal Gadot reafirma que sua personagem valoriza “amor, compaixão, humanidade, paz e inclusão,” ela admite: “A Mulher-Maravilha está passando pelo o que a humanidade está passando, um arco paralelo. Quando Patty e eu estávamos trabalhando para promover o primeiro filme, pensei que seria incrível se tivéssemos a sorte de fazer outro filme, se ele pudesse ser um capítulo diferente, com um valor diferente. O primeira era sobre o amor, a coisa mais simples, e todos nós conseguíamos nos identificar. Este é sobre a verdade e vemos o lado humano dela, uma parte dela que quer algo que ela não pode ter.

O retorno de Steve Trevor

Inimigos formidáveis e escolhas difíceis à parte, a alegria entra novamente na vida de Diana com o retorno de Steve Trevor, cujo ato de valor altruísta o arrebatou da mulher que ele havia começado a amar. O reaparecimento de Steve também significa o retorno de Chris Pine ao papel.

O ator aponta que, no primeiro filme, ele interpretou o “realista cansado” que acompanhada uma Gal Gadot “conhecendo um universo novo e amplo pela primeira vez”. Agora, com Steve Trevor entrando no mundo de 1984, os papéis se inverteram, com Chris Pine conseguindo utilizar as suas habilidades cômicas perfeitas, junto com o seu peso de ser protagonista.

É um trabalho fácil, meu personagem se apaixonando por Gal como Diana, fazendo-a rir. Eu ouvi sobre esse conceito em um documentário sobre Ram Dass chamado ‘loving awareness’ (consciência amorosa). Aqui está ele, apaixonado por esta mulher incrível; ele está super feliz por estar de volta ao mundo e, para ele, tudo é verdadeiramente excepcional, até a luz do sol que flui através das árvores.

Não muito diferente de Diana no primeiro filme, ele observa, acrescentando: “É claro que há complicações a serem resolvidas muito rapidamente e isso proporcionou muitos caminhos para eu explorar no papel, além de mostrar o recém-encontrado senso de admiração dele.

Conheça a Mulher-Leopardo

Se é que existe tal coisa como alguém muito impressionado, então esse alguém é Barbara Minerva, a nova colega de Diana no museu. Barbara é interpretada por Kristen Wiig, que descreve o conseguir o papel como “como um sonho… Patty me ligou e eu disse que sim, sem saber nada sobre a personagem, porque adorei o primeiro filme.

Quando Kristen Wiig começou a ler o roteiro e descobriu a metamorfose de Barbara Minerva na arqui-inimiga da Mulher-Maravilha, Mulher-Leopardo, ela ficou “tão animada com a extensão da transformação da minha personagem, com a quantidade de lutas, com o quanto ela muda e quão mal ela se torna. Eu realmente posso interpretar três personagens neste filme. No começo, Barbara é basicamente uma pessoa invisível, ninguém presta atenção nela. Ela é uma cientista, excepcionalmente inteligente, em seu próprio mundo, mas sempre quis algo mais – como amigos, amor. Ela não gosta muito de si mesma, então força a barra. Ela é esta pessoa solitária que vê Diana, que é gentil com ela e faz amizade com ela, e ela basicamente quer o que Diana tem: ser bonita, elegante, confiante, forte,” explica Kristen Wiig.

Max Lord: um vendedor de sonhos

Enquanto Barbara deseja ser outra pessoa, Max Lord, interpretado por Pedro Pascal, só quer ser a maior versão de si mesmo que ele conseguir. Mas, observa o ator, suas motivações realmente começaram em algum lugar pequeno.

Pedro Pascal conta que “Max tem um tipo muito particular de balanço… como Gordon Gekko [personagem de Michael Douglas em Wall Street: O Poder da Cobiça], mas sem a educação. Quando Patty e eu estávamos discutindo sobre o personagem e Gekko foi mencionado, ela disse que Max não era tão legal. Isso foi melhor para mim, não preciso fingir ser legal de novo,” ele ri.

Max é apresentado neste infomercial típico dos anos 80, vendendo o sonho americano através do investimento na exploração de petróleo. Sua aparência e sua realidade podem ser duas coisas separadas, no entanto,” continua Pedro Pascal.

Mas o que achei interessante foi que ele não entrou nisso com más intenções. Ele é um tipo familiar de ser humano: ele se divorciou e tem um filho e não quer que ele o veja como um fracasso. Ele acha que a melhor maneira seria tornar-se bem-sucedido, poderoso e rico. É equivocado, mas também muito humano.

A humanidade da Mulher-Maravilha

Charles Roven, tendo também produzido o sucesso de 2017, vê a humanidade como uma razão do ressurgimento da Mulher-Maravilha, bem como o caminho para seu crescimento. Roven afirma, “É ótimo pegar uma personagem que você acha que não pode melhorar, fazer algo testar seus limites e vê-la ultrapassando onde ela já esteve, aumentando suas habilidades e crescendo como indivíduo. A única maneira de fazer com que nos identifiquemos com um super-herói é lhe dando problemas humanos com os quais lidar, é lhe dando profundidade emocional. Essa é uma das melhores coisas na Diana, ela não apenas nos dá alguém com quem nos identificamos, mas também alguém em quem podemos nos inspirar.”

Por sua vez, Gal Gadot não vê esse lado de Diana como intencional. Ela explica, “Eu não acho que ela acorda e diz para si mesma: ‘Hoje eu vou ser uma ótima modelo para a humanidade’. Esse não é o caso. Mas por causa de quem ela é, de onde ela vem, isso é apenas algo certo. Ela é esperança: ela tem tudo a ver com a bondade, melhorando este mundo e ajudando a humanidade a se sentir melhor com eles mesmos. Isso está no DNA dela.

Neste mundo dos anos 1980,” ela continua, “é um momento especial em termos de arte, música, cultura… e riqueza. Estava no auge. Eu li uma pesquisa que diz que os seres humanos podem se acostumar com qualquer situação após 30 dias. Então, você tem tudo, está neste pico. Mas, em 30 dias, seu nível de felicidade será como era antes de você ter tudo o que tem agora. Você é levado a elevar o nível cada vez mais alto, aspirar a mais, querer mais. Por um lado, isso nos mantém evoluindo; mas, por outro lado, também precisamos aprender a nos contentar, apreciar o aqui e agora, permanecer na realidade. Porque, às vezes, o que queremos tem um custo que não estamos preparados para pagar. Então, trata-se de querer ser melhor, mas reconhecendo que nem sempre é possível ter tudo.

De volta ao set no College of Royal Physicians of London, Jenkins grita “Ação!” e uma emocionada Diana Prince prende Steve Trevor no abraço do retorno de um herói, enquanto, momentos depois, uma Barbara Minerva, um pouco mais mundana, é bem-vinda na força gravitacional de Max Lord.

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